Navegação
Os capitães da frota de Cabral
um pouco de história.
É importante mencionar cada embarcação da frota de Cabral, seus comandantes e pilotos. Isto prova o alto grau de importância que o empreendimento tinha para a Coroa Portuguesa como para a própria humanidade. Muito dinheiro havia sido empregado na expedição e não é à toa que historiadores de peso atribuem este fato à intencionalidade da “descoberta” do Brasil. Ninguém empregaria esforços, dinheiro e muita gente especializada para uma simples aventura ou um novo contato com os Rajás da Índia, por mais que pretendessem impressioná-los.
Vamos a cada uma delas e seus principais navegadores:
01. Nau Capitânea São Gabriel
Não comprovada se era ou não a famosa embarcação que Vasco da Gama chegou na Índia, esta nau era comandada por Pedro Álvares Cabral, que, na verdade, era o chefe militar da missão. Teve seu comando técnico entregue ao famoso e experiente piloto Pero Escolar (o mesmo que pilotou o navio com o qual Nicolau Coelho havia descoberto o caminho marítimo para as Índias, junto com Vasco da Gama em 1497-1498).
Apenas pegando carona nos termos técnicos, notem os leitores que o termo “piloto” é um termo de navegação, uma função de Marinha. A aviação “emprestou” toda a terminologia de bordo para os aviões de hoje… o que nos deixa orgulhosos! Aliás, quando entra-se em um avião usa-se o verbo “embarcar”, que na verdade seria “entrar em um barco”. Este abuso gramatical usado na aviação é conhecido como “catacrese”.
Bem, voltando ao tema, nesta nau capitânea viajavam duas pessoas interessantes e pouco conhecidas: Pero Vaz de Caminha, o escrivão, famoso exclusivamente por causa da primeira carta-documento sobre o Brasil, e um tal Gaspar da Gama.
Caminha todo mundo conhece mas o Gaspar da Gama, de acordo com o historiador Gustavo Barroso, era um judeu polonês, de caráter errante e mau caráter, também conhecido como “judeu da Índia ou Gaspar das Índias”, que havia conhecido Vasco Gama quando tentou espionar o poderio militar da frota portuguesa quando esta chegou na Índia, em sua primeira viagem. Foi açoitado até sangrar, quando então confessa seu objetivo e muda de lado quando se convence do maior poder militar dos portugueses. Acabou sendo “aceito” como intérprete por falar árabe e vários dialetos hindus da costa do Malabar. Adotou o nome Gaspar da Gama por ter sido batizado por Vasco da Gama, de acordo com o costume instituído por D. Manoel, rei de Portugal, por ocasião da aceitação dos chamados “cristãos novos”, isto é, judeus convertidos ao catolicismo. Mudou de nome novamente anos depois para Gaspar de Almeida, sem cerimônias e conforme sua conveniência, quando a importância do nome Gama perdia para o do poderoso Vice-Rei do Ultramar, D. Francisco de Almeida.
Vale aqui um parágrafo interessante do historiador Solidonio Leite Filho quando, em um de seus artigos afirma: “Talvez por intermédio de Gaspar da Gama tivessem os judeus percebido, desde logo, a importância do novo descobrimento…”, referindo-se, provavelmente, aos verdadeiros donos das Companhias das Índias Ocidentais, liderados no Brasil pelo judeu Fernando de Noronha.
Outros detalhes interessantes: Cabral tinha apenas 32 anos de idade quando “descobriu” o Brasil. Tinha incríveis 1,90 m de altura, um gigante perante a maioria de apenas
Estes jovens, porém, fizeram história!
02. Nau Sota-capitânea El-Rei:
Esta nau, a segunda na hierarquia da Esquadra, era comandada por Sancho Tovar, grande navegador de seu tempo. Acabou encalhando no litoral brasileiro, o que acabou fazendo com que Cabral ordenasse que a incendiasse, impedindo assim que inimigos (espanhóis, holandeses, ingleses e franceses) estudassem os avançados navios portugueses.
03. Nau Santa Cruz:
Comandada por Aires Gomes da Silva (opa, um parente !), membro da poderosa família Silva (descendentes dos Sílvios romanos), família das mais notáveis casas de Portugal e de Castela, descendentes dél-Rei D. Fluela II, de Leão (daí o brasão dos Silva ser um leão vermelho em um fundo prata), era filho de Pero da Silva, por sua vez filho bastardo de João da Silva, alferes-mor do rei D. João I (1367-1433). Aires da Silva naufragou em sua viagem do Brasil para a Índia, em 23 de maio de 1500… Se deixou o primeiro Silva no Brasil, no ventre de alguma bonita índia brasileira, ninguém sabe.
04. Nau São Pedro:
Comandada por Pero de Ataíde, um desconhecido pelos historiadores, tinha o apelido de “Inferno”. Devia ser muito feio, fedorento e violento o tal comandante…
05. Nau Vitória:
Vasco de Ataíde, provavelmente irmão de Pero de Ataíde, é hoje um mistério para os historiadores. Foi esta embarcação que se perdeu da Esquadra em viagem ao Brasil, hoje tendo-se a certeza que foi devido a forte nevoeiro. Na época, no entanto, foi motivo para reforçar as lendas de que, no Mar Tenebroso (Oceano Atlântico), viviam grandes monstros.
06. Caravela Nossa Senhora Anunciada:
Nuno Leitão da Cunha, criado da casa de Bragança, era o comandante. Foi a primeira caravela a retornar a Portugal em 23 de junho de 1501, após ter estado no Brasil e, em seguida, na Índia. Cabral somente chegaria um mês mais tarde, em 21 de julho de 1501.
07. Nau Flor de
Simão de Pina, nobre da corte e neto de Vasco Anes de Pina, um dos fiéis companheiros de D. João I na grandiosa batalha de Aljubarrota de 1385, quando Portugal se tornou independente de Castela. Era parente também do cronista e negociador do Tratado de Tordesilhas, Rui de Pina.
Esta nau seguiu viagem do Brasil para a Índia, naufragando em 23 de maio em plena tempestade no famoso Cabo das Tormentas (rebatizado pelo rei D. João II de Cabo da Boa Esperança), junto com a nau Santa Cruz, comandada por Aires Gomes da Silva, a nau Mercante comandada por Luís Pires e a Caravela Redonda comandada por Bartolomeu Dias.
08. Nau Espera:
Nicolau Coelho, o lendário navegador, um dos maiores navegadores portugueses e também, com certeza, do mundo. Não era nobre (requesito quase que obrigatório para conseguir um título de capitão) mas um verdadeiro lobo-do-mar. Em 1497, comandando a nau Bérrio, descobriu a Índia, junto com Vasco da Gama, e foi ele quem deu a boa notícia ao rei D. Manoel, quando regressou. Tornou-se cavalheiro em 24 de fevereiro de 1500 (pouco antes do embarque para o Brasil, em 08 de março…) com direito a brasão e pensão vitalícia (já que era comum morrer cedo mesmo…).
09. Naveta de Mantimentos:
Gaspar Lemos, pouco conhecido, sabe-se que foi ele quem anunciou ao rei D. Manoel que o Brasil havia sido “descoberto”, levando inclusive as 30 cartas sobre o “achamento” da nova terra.
10. Nau Espírito Santo:
Simão Miranda de Azevedo comandava esta embarcação. Como Cabral, era membro de uma das mais importantes famílias de Portugal. Conseguiu sobreviver à viagem de Cabral e retornou à Índia em 1512. Morreu três anos depois em Moçambique (na famosa feitoria chamada Sofala).
11. Nau Mercante:
Luis Pires, comandante desconhecido, teve sua embarcação armada (equipada) pelo Conde D. Diogo da Silva e Meneses (opa, outro parente meu ?) em parceria com mercadores italianos, provavelmente Piero Strozzi e Luca Giraldi (já que não existem documentos que comprovem esta mais provável versão).
12. Nau Del’ Rei:
Diogo Dias, irmão de Bartolomeu Dias, que o acompanhou na conquista do Cabo das Tormentas em janeiro de 1488, conseguiu sobreviver à tempestade de 23 de maio de 1500, no mesmo Cabo, depois de deixar o Brasil em caminho para a Índia. Ficou, junto com sua tripulação, um ano inteiro perdido em alto mar e somente foi reencontrado em 02 de junho de 1501, em Bezeguiche, junto à foz do Senegal (hoje Dakar) com apenas sete homens a bordo, quase todos doentes e muito magros por causa da fome e depressão. Um deles, ao rever os companheiros da frota, morreu de forte emoção.
13. Caravela Redonda:
Bartolomeu Dias, o navegador que conseguiu contornar a costa sul da África anos antes (1487/1488) batizando-a de Cabo das Tormentas, rebatizada para Cabo da Boa Esperança pelo rei D. João II (dizem que para evitar deserções de marinheiros em futuras viagens).
O mesmo Cabo das Tormentas acabou se “vingando” do seu descobridor em 23 de maio de 1500, conforme bem escreveu Camões em seu poema “ Os Lusíadas ” , naufragando esta nau quando seguiu viagem do Brasil para a Índia, junto com a nau Santa Cruz, comandada por Aires Gomes da Silva, a nau Mercante comandada por Luís Pires e a Nau Flor de
Foi Bartolomeu Dias quem praticamente chegou na Índia por mar. Não fosse a sua morte, ninguém teria conhecido Vasco da Gama.
(texto copiado da internet).
DICAS DE NAVEGAÇÃO
Práticas de navegação e técnicas de pesca...
Ninguém pode adentrar ao mar sem ao menos ter básico conhecimento de navegação, de vento, de correntes de maré, do estado do céu e estado do mar.
Além destes também se faz necessário ter conhecimento básico de motor se for a propulsão mecânica e manobra de embarcação, com motor, a vela ou a remo.
Antigamente os pescadores tinham grandes conhecimentos práticos de navegação, pois aprendiam desde cedo com seus pais, que aprenderam com seus avós.
Os pescadores antigos chegavam à beira do mar olhavam para o céu e já faziam sua previsão para o vento e para o mar, e decidiam se iam ou não pescar naquele dia.
Conheci antigos pescadores que faziam previsões até para três quatro dias seguidos. Isso pode ser difícil nos dias atuais, porque temos vários aparelhos e muitas informações e não precisamos ficar observando o céu, mas naquele tempo, o que aqueles pescadores dispunham eram suas vistas e os seus conhecimentos, adquiridos com seus antepassados.
Quando criança pude presenciar várias destas previsões e ao embarcar na pesca profissional ainda era comum, pescadores que vieram da beira da praia fazerem estas previsões e davam certo.
Hoje em dia temos muitas tecnologias que ajudam na navegação e é muito importante aprendermos fazermos cursos e nos atualizarmos, apesar das instituições de ensino não acompanharem a evolução.
Navegar é a técnica de conduzir, com segurança, uma embarcação, de um ponto de partida ao ponto de chgada na superfície líquida da terra.
PARA FAZERMOS UMA NAVEGAÇÃO SEGURA E BOA, É PRECISO TERMOS NOÇÃO DO QUE É NAVEGAR, TERMOS CONHECIMENTO DO TEMPO, CONHECIMENTO DAS CORRENTES DE MARÉ NA ÁREA QUE VAMOS NAVEGAR, TERMOS TEORIAS DE NAVEGAÇÃO(SABER LER E USAR CARTAS NÁUTICAS), PRÁTICAS DE NAVEGAÇÃO, CONHECIMENTO DA ÁREA EM QUE SE ESTÁ NAVEGANDO E/OU OS EQUIPAMENTOS MÍNIMOS PARA SE DETERMINAR A POSIÇÃO DA EMBARCAÇÃO.
Primeiro - Temos que determinar o caminho (rumo) seguro a ser seguido para se chegar ao lugar desejado.
Segundo – determinar, e corrigir quando necessário a qualquer momento, a posição da embarcação.
Terceira – NAVEGAÇÃO COSTEIRA - É a navegação que tem como referencia os pontos visíveis da costa ou da margem de um rio ou lago, tais como faróis, morros, cabos, Ilhas,
Quarta - NAVEGAÇÃO ESTIMADA - É a navegação cuja a posição é calculada em função de outra previamente conhecida, podendo ser uma posição visual, astronômica ou eletrônica, através da sonda.
Quinta – NAVEGAÇÃO ELETRÔNICA - É a navegação cuja posição é determinada com auxilio de equipamentos eletrônicos específicos para esse fim, GPS, RADAR.
Sexta - NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA - É a navegação cuja posição é calculada pelos astros, com a utilização do sextante.